Jogos de Tabuleiro, em Contextos Islâmicos (Séculos VIII-XIII), do Castelo de Silves (Algarve)
Abstract
Apesar das prescrições contra o jogo, os contextos islâmicos do al-Andalus têm mostrado não
poucos testemunhos dos chamados jogos de tabuleiro (tāb), que opõem duas pessoas. Também
no Castelo de Silves, local ocupado pelo menos desde a Antiguidade Tardia, com períodos de
grande fl orescência desde o século VIII a meados do XIII, surgiram nos níveis islâmicos, ao
longo das escavações ali dirigidas por um de nós (RVG), tabuleiros de jogo, sobre suportes
móveis de pedra, mas também fi xos, gravados em pavimentos. Marcas discóides, de pedra,
cerâmica ou osso, com diferentes dimensões, assim como outras peças naqueles mesmos
materiais, terão feito parte de jogos de tabuleiro. Todavia, são raros os tabuleiros, da Idade
Média ou anteriores, possuindo cronologia segura, o que não ocorre com os exemplares do
Castelo de Silves, oriundos de estratos e de locais precisos. Jogar tem implicações pedagógicas, competitivas, interactivas, estratégicas, éticas, criativas, lúdicas, emocionais ou cognitivas, mas
também oraculares, identitárias, até rituais, pois manipula símbolos, e pode mesmo constituir
metáfora de aspectos da vida humana.
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