Dumbledore’s Army and inquisitorial squad: totalitarism and resistance in Harry Potter
DOI:
https://doi.org/10.21747/21833958/red10a9Keywords:
Harry Potter, Bakhtin Circle, Ideology, Social voicesAbstract
The purpose of this article is to reflect on the discursive strategies of two groups in the Harry Potter (HP) saga, Dumbledore’s Army and the Inquisitorial Squad, represented by two women, Hermione Granger and Dolores Umbridge, as, respectively, a unofficial spokespersons of the resistance and another official of the State (semiotized by the Ministry of Magic). Based on the clash between these two social voices, the concepts of “ideological sign”, “statement” and “centrifugal and centripetal forces” will be considered, based on the Bakhtinian theoretical-methodological studies, as reflective foundations about the responsiveness and responsibility of students in face of the ministerial discourse, marked by conservatism, typical of authoritarian governments, in the great time of history, personified, in the fictional work, by a specific teacher, entitled “High Inquisitor”. The relevance of the proposed discussion turns to the dialogical relationship of reflextion, refraction and double refraction between fiction and reality, as understood by the Bakhtinian Circle, especially on how much fantastic literature, with its specific aesthetic finish, is founded on social soil and comes back to life, as an expression of a historical mark. The results reveal how much the valuation for resistance, based on determination, is considered “good” and totalitarianism, “evil” in the narrative, in addition to reflecting on systems of government and education, given the scenographic configuration of the work as an occurrence and event aesthetic, where the actions take place (at Hogwart School).
Downloads
References
Bakhtin, M. (1987). A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec.
Bakhtin, M. (2008). Problemas da poética de Dostoiévski. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Bakhtin, M. (2010). Para uma filosofia do ato responsável. São Carlos: Pedro & João.
Bakhtin, M. (2016). Os gêneros do discurso. Rio de Janeiro: 34.
Bakhtin, M. (2017). Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas. Rio de Janeiro: 34.
Bakhtin, M. (2018). Teoria do Romance II - As formas do tempo e do cronotopo. Rio de Janeiro: 34.
Barissa, A. B. M. (2019). Por e para fãs: uma análise dialógica de Severo Snape em uma produção transmidiática (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual Paulista, Araraquara (Mimeo).
Bubnova, T. (2016). Do corpo à palavra - Leituras bakhtinianas. São Carlos: Pedro & João.
Calefato, P.; Ponzio, A; & Petrilli, S. (2007). Fundamentos de Filosofia da Linguagem. São Paulo: Vozes.
Canclini, N. G. (2013). Culturas híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo: EdUSP.
Davis, A. (2016). Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo.
Escola sem partido. Disponível em: https://www.escolasempartido.org/. Acesso em: 25 ago 2021.
Freitas, M. T. de.; Jobim e Souza, S.; & Kramer, S. (Orgs.). (2003). Ciências Humanas e Pesquisa -Leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Cortez.
Geraldi, J. W. (2010). Sobre a questão do sujeito. In: Paula, L. de; Stafuzza, G. B. (Orgs.). Círculo de Bakhtin: teoria inclassificável. Campinas: Mercado de Letras. Série Bakhtin - Inclassificável. Volume 1.
Geraldi, J. W. (2012). Heterocientificidade nos estudos linguísticos. In Gege (Org.). Palavras e contrapalavras: enfrentando questões da metodologia bakhtiniana. São Carlos: Pedro & João, pp. 19-39.
Han, B-C. (2019). Hiperculturalidade: Cultura e Globalização. Rio de Janeiro: Vozes.
Jakubinskij, L. P. (2015). Sobre a fala dialogal. São Paulo: Parábola.
Lipovetsky, G. (2004). Os tempos hipermodernos. São Paulo: Barcarolla.
Machado, I. D. A. (2019). Experiências estético-dialógicas em arte-ativismo. ARS, 17(37), pp. 45-74.
Medviédev, P. (2012). O método formal nos estudos literários: introdução crítica a uma poética sociológica. São Paulo: Contexto.
Memórias da Ditadura. Disponível em: http://memoriasdaditadura.org.br/. Acesso em: 25 ago 2021.
Oliveira, N. R. de. (2020). A febre amarela «minions»: uma análise bakhtiniana (Dissertação de Mestrado). Universidade Estadual Paulista, Araraquara. (Mimeo).
Paula, L. de; Barissa, A. B. M.; Oliveira, N. R. de. (2019). Produções e produtos culturais na sala-de-aula: uma análise crítico-dialógica do fandom de Harry Potter e da franquia Meu Malvado Favorito. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, 14 (esp.4), pp. 2071-2087. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12935.
Paula, L. de; Figueiredo, M. H. de; Paula, S. L. de. (2011). O marxismo no/do Círculo de Bakhtin. In: Stafuzza, G. B. (Org). Slovo. Curitiba: Appris.
Paula, L. de; Gonçalves, J. de C. (2020). Gêneros Discursivos na escola: acontecimento emancipatório de leitura. Educação e Linguagens, Campo Mourão (PR), v. 9, n. 16, pp. 17-52. Disponível em: http://www.fecilcam.br/revista/index.php/educacaoelinguagens/article/viewFile/2126/1301.
Paula, L. de; Lopes, A. C. S. (2020). A eugenia de Bolsonaro: leitura bakhtiniana de um projeto de holocausto à brasileira. Linguasagem. São Carlos (SP), v. 35, n. 1, pp. 35-76. Disponível em: http://www.linguasagem.ufscar.br/index.php/linguasagem/article/view/769.
Paula, L. de; Moura, G. C. de. (2021). Voldemort e Bolsonaro: diálogo entre arte, mídia e política. Revista do GEL. São Paulo, v. 18, n. 1, pp. 169-203. Disponível em: https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/2966.
Paula, L. de; Oliveira, F. A. A. de. (2019). O signo resistência nas eleições presidenciais de 2018 no Brasil. Entreletras, v. 10, n. 2, pp. 350 - 371. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/entreletras/article/view/6999.
Paula, L. de; Siani, A. C. (2019). Gênero raça e classe em Harry Potter. A constituição dialógica de Hermione Granger e Belatriz Lestrange. Cadernos Discursivos, Catalão-GO, v. 1 n 1, pp. 47-74.
Paula, L. de; Siani, A. C. (2020a). O sangue puro em Harry Potter e seus ecos dialógicos eugênicos. Calidoscópio, São Leopoldo (RS), v. 18, n. 3, pp. 590-615. Disponível em: http://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/cld.2020.183.06.
Paula, L. de; Siani, A. C. (2020b). Uma análise baktiniana da necropolítica brasileira em tempos de pandemia. Revista da ABRALIN, v. 19, n. 3, pp. 475-503, 17 dez. 2020. Disponível em: https://revista.abralin.org/index.php/abralin/article/view/1595.
Paula, L. de; Siani, A. C. (2021). Filme e Romance: Harry Potter e o Cálice de Fogo. In: Remenche, M. de L. R.; Dionísio, M. de L. Ler e escrever na cibercultura: concepções e práticas. Campinas (SP): Pontes, pp. 207-244.
Paula, L. de; Silva, T. N. (2019). Nerve à flor da linguagem - arte e vida em jogo dialógico. Diálogo das Letras, Pau dos Ferros (RN), v. 8, n. 2, pp. 38-57. Disponível em: http://periodicos.uern.br/index.php/dialogodasletras/article/view/4016.
Ponzio, A. (2010). Procurando uma palavra outra. São Carlos: Pedro & João.
Ponzio, A. (2016). A revolução bakhtiniana. São Paulo: Contexto.
Ribeiro, A. P. G.; Sacramento, I. (Orgs.). 2010. Mikhail Bakhtin: Linguagem, Cultura e Mídia. São Carlos: Pedro & João.
Rowling, J. K. (2015). Harry Potter e a Ordem da Fênix. Rio de Janeiro: Rocco.
Saffioti, G (1997). O poder do macho. São Paulo: Moderna.
Stam, R. (1992). Bakhtin - Da Teoria Literária à Cultura de Massa. São Paulo: Ática.
Volóchinov, V. (2013). A construção da enunciação e outros ensaios. São Carlos: Pedro & João.
Volóchinov, V. (2017). Marxismo e filosofia da linguagem. Rio de Janeiro: 34.
Volóchinov, V. (2019). Palavra na vida e a palavra na poesia: ensaios, artigos, resenhas e poemas. Rio de Janeiro: 34.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Redis: Revista de Estudos do discurso

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The authors give to REDIS. Revista de Estudos do Discurso the exclusive right to publish its texts, in any medium, including their reproduction and sale in paper or digital format, as well as their availability in a free access regime in databases.