Uma análise do alteamento pretônico à luz das categorias propostas por Labov
Resumo
O artigo revê a classificação dos fenômenos linguísticos proposta por Labov (2001a [1994]). Toma como objeto de análise o alteamento de vogal pretônica em dados da fala carioca. Este fenômeno é tradicionalmente identificado como um indicador. A pesquisa alia o resultado da consideração das variáveis sociais da Sociolinguística Variacionista à metodologia dos estudos de Crenças e Atitudes. O objetivo é discutir os problemas dos fatores condicionantes e da avaliação subjetiva. Os resultados indicam que o fenômeno transita entre as categorias de indicador, marcador e estereótipo.
Downloads
Referências
Avelheda, A. C. da C.; Batista da Silveira, E. F. 2011a. Vogais médias pretônicas: uma análise pancrônica. In: VII Congresso Internacional da ABRALIN, 2011, Curitiba. VII Congresso Internacional da ABRALIN, v. 1. p. 465-479.
Avelheda, A. C. da C.; Batista da Silveira,, E. F. 2011b. Alteamento das vogais médias pretônicas nas cidades de São Fidélis e Rio de Janeiro: uma análise comparativa. In: VII Congresso Internacional da ABRALIN, 2011, Curitiba. Anais do VII Congresso Internacional da Abralin, v. 1, p. 450-464.
Avelheda, A. C. da C.; Batista da Silveira,, E. F.; Souza, S. C. G. 2017. Avaliação do Uso Variável das Pretônicas: Estudos Preliminares de Crenças e Atitudes. Letrônica, v. 10, n. 1, janeiro-junho. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ ojs/index.php/letronica/article/view/24929/16334>.
Avelheda Bandeira, A. C. da C. 2019. Alteamento Pretônico no Município do Rio de Janeiro: Avaliação Subjetiva e Fatores Condicionantes. 286 p. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa). Rio de Janeiro: UFRJ/FL.
Bisol, L. 1981. Harmonia vocálica: uma regra variável. 332 p. Tese (Doutorado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Botassini, J. O. M. 2012. Crenças e Atitudes Linguísticas: um estudo dos róticos em coda silábica. In: Altino, F. (org). Múltiplos olhares sobre a Diversidade Linguística: nos caminhos de Vanderci de Andrade Aguilera. Londrina: MidioGraf.
Callou, Dinah & Leite, yonne. 1999. Iniciação à fonética e à fonologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Chambers, J. K. & Trudgill, P. 1980. Dialectology. Cambridge: Cambridge University Press. Eckert, P. 2012. Three Waves of Variation Study: The Emergence of Meaning in the Study of Sociolinguistic Variation. In: Annual Review of Anthropology. Vol. 41: 87- 100 (Volume publication date October 2012). First published online as a Review in Advance on June 28. https://doi.org/10.1146/annurev-anthro-092611-145828
Guy, G. R. & Zilles, 2007. A. Sociolinguística quantitativa: instrumental de análise. São Paulo: Contexto.
Labov, William. 1972. Language in the inner city: studies in the Black English vernacular. Philadelphia: University of Pennsylvania Press.
Labov, W. 1981. What can be learned about change in progress from synchrony descriptions. In: Sankoff, David & Cedergren, Henrietta (Ed.). Variation Omnibus. Carbondale; Edmonton: Linguistic Research. p.177-199.
Labov, W. 2001a [1994]. Principles of Linguistic Change: Internal Factors. Vol. 1. Blackwell Publishers.
Labov, W. 2001b [1994]. Principles of Linguistic Change: Social Factors. Vol. 2. Blackwell Publishers.
Labov, W. 2008 [1972]. Padrões Sociolinguísticos. Trad. Marcos Bagno, Maria Marta Pereira Scherre& Caroline R. Cardoso. São Paulo: Parábola Editorial.
Lambert, W. E. 1972. Evaluational Reactions to Spoken Languages; A Social Psychology of Bilingualism. In: Dil, A. S. (Org.). Language, Psychology and Culture: Essays by Wallace E. Lambert. California: Stanford University Press.
Machado Vieira, M. dos S. & Esteves, G. A. T. 2009. Metodologia de avaliação subjetiva de usos linguísticos em variação. In: Lopes, C. & Reich, U. Romania. Variação Linguística em Megalópoles Latino-Americanas, 39: 237-266.
Oliveira, M. A. 1991. A controvérsia neogramática reconsiderada. International Journal of the Sociology of Language, n. 89, pp. 93-105. Disponível em: <http://portal.pucminas.br/ imagedb/mestrado_doutorado/publicacoes/PUA_ARQ_ARQUI20121017140131.pdf>.
Oushiro, L. 2016. Curso Introdução ao Rbrul e análises de natureza sociolinguística variacionista. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Letras.
Roncarati, C. 2008. Prestígio e preconceito linguísticos. Cadernos de Letras da UFF – Dossiê: Preconceito linguístico e cânone literário, no. 36, p. 45-56, 1. sem.
Viegas, M. do C. 1987. Alçamento de vogais pretônicas: uma abordagem sociolinguística. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. 231 p.
Souza, S. C. G. 2017. Alteamento das vogais médias pretônicas no município do Rio de Janeiro: Décadas 70, 90 e 2010 / Estudo de Crenças e Atitudes. 247 p. Dissertação (Mestrado em Língua Portuguesa). Rio de Janeiro: UFRJ/FL.
Weinreich, U.,Labov, W. & Herzog, M. I. 2006 [1968]. Fundamentos empíricos para uma Teoria da Mudança Linguística. Trad. Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2020 Linguística: Revista de Estudos Linguísticos da Universidade do Porto

Este trabalho encontra-se publicado com a Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0.