Construções contrastivas com “mas”, Contraste Sintagmático e Elipse do TP

Autores

  • Gabriela Matos Centro de Linguística da Universidade de Lisboa
  • Nádia Canceiro Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Resumo

No português, mas ocorre em duas construções estruturalmente distintas, Contraste Sintagmático, envolvendo tipicamente contraste entre sintagmas não frásicos, e Elipse do TP com itens de polaridade, contrastando duas frases, uma delas elíptica. Em línguas como o espanhol e o alemão, a coordenação contrastiva faz apelo a duas conjunções diferentes, tipicamente associadas a duas construções com valor distinto, o correctivo e o de contra-expectativas. Com base nos trabalhos desenvolvidos nas duas últimas décadas sobre coordenação adversativa com valor correctivo e de contra-expectativas, no presente artigo pretendemos determinar em que medida é possível estabelecer uma relação unívoca entre estes valores da coordenação adversativa e as construções de Contraste Sintagmático e Elipse do TP em português. É igualmente nosso objetivo precisar as propriedades destas construções.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Anscombre, J.-C., & Ducrot, O. (1977). Deux mais en français? Língua, 43(1), 23-40.

Adam, J.-M. (1990). L’exemple des connecteurs : mais et certes. In Élements de Linguistique Textuelle. Théorie et Pratique de l’analyse textuelle (pp. 192-225). Mardaga.

Barros, C. (1998). De magis a mas: deriva semântica e pragmática. In J. Fonseca, & C. Barros (Eds.), A organização e o funcionamento dos discursos: estudos sobre o Português (Tomo 1, pp. 25-48). Porto Editora.

Barros, M. (2012). A Non-Repair Approach to Island Sensitivity in Contrastive TP Ellipsis. In Proceedings of the 48th Meeting of Chicago Linguistic Society (Vol. 48, Nº. 1, pp. 61-75). Chicago Linguistic Society (CLS).

Brucart, J. M. (1999). La ellipsis. In I. Bosque, & V. Demonte (Eds.), Gramática descriptive de la Lengua Española (Vol. 2, pp. 2787-2863). Editorial Espasa.

Canceiro, N. (2019, outubro 9-11). Haverá só um “mas” em Português Europeu? [Comunicação] XXXV Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística, Campus de Gualtar, Universidade do Minho, Portugal.

Canceiro, N. (2021). Construções de mas em estruturas corretivas e de negação de expectativas [Relatório de Projeto de Tese de Doutoramento]. Universidade de Lisboa. Flamenco

García, L. (1999). Las construcciones concesivas y adversativas. In I. Bosque, & V. Demonte (Eds.), Gramática descriptiva de la Lengua Española (Vol. 3, pp. 3805-3878). Editorial Espasa.

Franco, L. (2016). Adversative “corrective” coordination: further evidence for combining sub-clausal constituents. Revue Roumaine De Linguistique / Romanian Review Of Linguistics, 51(2), 125-142.

Hankamer, J. (1971/1979). Deletion in Coordinate Structures. Garland Publishing Inc. Hankamer, J., & Sag, I. (1976). Deep and Surface Anaphora. Linguistic Inquiry, 7(3),391-428.

Horn, L. (1985). Metalinguistic negation and pragmatic ambiguity. Language, 61(1), 121- 174.

Horn, L. (2001). A Natural History of Negation (2.ª ed.). CSLI. Lasnik, H. (2001). When Can You Save a Structure by Destroying It? North East Linguistics Society, 3(2), artigo 5.

Lasnik, H. (2005). The Syntax of Silence (revisto). Language, 81, 259-265.

Matos, M. G. A. P. (1992). Elipse do Predicado em Português - SV Nulo e Despojamento [Tese de Doutoramento]. Universidade de Lisboa. http://hdl.handle.net/10451/51579 Matos, G. (2003). Estruturas de coordenação. In M. H. M. Mateus, A. M. Brito, I. Duarte, I. H. Faria, S. Frota, G. Matos, F. Oliveira, M. Vigário, & A. Villalva (Eds.), Gramática da Língua Portuguesa (pp. 549-592). Editorial Caminho.

Matos, G., & Prada, E. (2005). Construções contrastivas de focalização: adversativas vs. concessivas. In Actas do XX Encontro NacionaK da Associação Portuguesa de Linguística (pp. 701-713). APL.

Matos, G. (2017). TP ellipsis with polarity particles. In R. Lopes, J. Avelar, & S. Cyrino (Eds.), Romance Languages and Linguistic Theory 12: Selected papers from the 45th Linguistic Symposium on Romance Languages (LSRL) (Vol. 12, pp. 141-157). John Benjamins.

McCawley, J. D. (1982). Parentheticals and discontinuous constituent structure. Linguistic Inquiry, 13(1),91-106.

McCawley, J. D. (1987). Some additional evidence for discontinuity. Syntax and Semantics – Discontinuous Constituency, vol.20 (pp.185-200). Brill.

Merchant, J. (2001). The syntax of silence: Sluicing, islands, and the theory of ellipsis. Oxford University Press.

Merchant, J. (2003). Remarks on stripping. Ms., University of Chicago.

Prada, E. (2000). Produção de construções adversativas no Português Europeu [Dissertação de Mestrado]. Universidade Aberta.

Reinhart, T. (1991). Non quantificational LF. In A. Kasher. The Chomskyan Turn (pp. 360-384). Blackwell.

Reinhart, T. (1991). Eliptical Conjunctions: Non Quantificational LF. In A. Kasher (Ed.), The Chomskyan Turn (pp.360-384). Blackwell.

Saab, A. (2008). Hacia una denti de la dentidade parcial en la ellipsis [Tese de Doutoramento]. Universidad de Buenos Aires.

Sousa, S. (2006). Contributos para o estudo das construções refutativo-rectificativas em Português Europeu [Dissertação de Mestrado]. Universidade de Coimbra.

Sousa, S. (2014). Contributos para o estudo da refutação em Português Europeu Contemporâneo [Tese de Doutoramento]. Universidade de Coimbra.

Steindl, U. (2017). The Gramar of Correction [Dissertação de Doutoramento]. University of Southern California.

Toosarvandani, M. (2010). Association with Foci [Dissertação de Doutoramento]. University of California.

Toosarvandani, M. (2013). Corrective but coordinates clauses not always but sometimes. Natural Language and Linguist Theory, 31(3), 827–863.

Vicente, L. (2010). On the syntax of adversative coordination. Natural Language and Linguist Theory, 28(2), 381-415.

Wurmbrand, S. (2017). Stripping and Topless Complements. Linguistic Inquiry, 48 (2), 341–366.

Downloads

Publicado

2022-11-23