Ensaio sobre o campo artístico contemporâneo
Johnny Rotten VS John Lydon = KO
Abstract
Uma das figuras que mais se destacou na contracultura punk britânica, no período de 1976 a
1978, foi o carismático vocalista da banda Sex Pistols, Johnny Rotten, o qual bramia vociferante “Anarquia
no Reino Unido” ou “Não Há Futuro”. Mal o projeto musical arquitetado pelo falecido Malcom McLaren
termina em 1978, Johnny Rotten retoma o nome de batismo, John Lydon, e inícia o projeto musical
experimentalista Public Image Ltd, mais conhecido por PIL. Entretanto, volvidos cerca de quarenta e um
anos de existência dos PIL, John Lydon, a residir em Los Angeles, EUA, em 2020, tornou públicas as suas
opiniões acerca do ex-presidente americano Donald Trump, as quais foram motivo de escândalo e de
choque, sobretudo entre os aficionados do punk, na sua maioria, antirracistas e de tendências políticas
esquerdistas. Através deste texto, e das ilustrações caricaturais a ele associadas, podemos observar uma
trajetória decadente de um músico que, aparentemente, se situa nos antípodas de 1977. Porém, esse
volte-face é legitimado pelas “brechas” políticas e culturais da democracia, sistema este, sempre em perigo
precisamente pela sua abertura a visões políticas diferentes e ao contínuo diálogo entre forças ideológicas,
muitas vezes, opostas. Com base na dialética “anarquia-fascismo”, os pontos de vista da autora,
fundamentados em filmes, canções e pensadores, evoluem ao longo da sua análise. O intuito é abrir portas
para análises mais amplas em relação à democracia que não contemplem a visão a “preto e branco” das
maiorias relativamente à política atual.
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