Pandemónio e Animismo Postmedia
Abstract
No que se segue, distingo «animismo pós-média» do meu termo preferido «animismo pós-moderno» e que defendo ser um termo mais adequado para expressar artes e meios
de comunicação social menores, virtuais e subversivos. Em tempos de trauma planetário, devastação ecológica e colapso, este termo servirá como conceito heurístico para rastrear a passagem da pandemia, do pânico, da catástrofe e da crise para a série do pandemónio, do delírio e do carnavalesco. O meu estratagema é invocar o rebelde e afirmativo imaginário Yōkai (妖怪, avantesma, fantasma, aparição estranha) a fim de contestar formas passivas
de “narcisismo transcendental” ou “miserabilismo transcendental”. Isto será desginado como uma estética da existência. Em particular, analisarei a relação entre as catástrofes naturais e a política no imaginário japonês no rescaldo do terramoto de Outubro de 1855 (安政江戸地震, Ansei Edo Jishin) durante o período Edo da história nipónica (FIG 1) através da referência aos Namazu-e (鯰絵, xilogravuras que representam o peixe-gato) e os seus efeitos políticos. A minha intenção é mostrar que esta forma de arte histórica, nascida do trauma, demonstra uma estética efabulatória, política e dissonante, de resistência e
criatividade. Trata-se de um imaginário que está notoriamente ausente da nossa situação contemporânea.
Palavras-chave: pós-media, animism, Período Edo (江戸時代 –1603-1867), Guattari.
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