Maria! Não me mates, que sou tua mãe!, de Camilo Castelo Branco: uma teodiceia literária

Autores

  • Tânia Furtado Moreira

Resumo

Propõe-se uma leitura de Maria! Não Me Mates, que Sou Tua Mãe! (1848), de Camilo Castelo Branco, dando especial enfoque à instância da narração. A análise da perspetiva do narrador, configurada pelo pathos retórico, conduzirá a uma reflexão acerca desta narrativa camiliana à luz das tentativas de teodiceia conforme investigadas por Immanuel Kant. Desde o livro sapiencial do Antigo Testamento que o problema teodiceico se põe, quando o bondoso Job, face a uma catástrofe de males inusitados, persevera, todavia, na sua crença em Deus. A leitura kantiana do Livro de Job, hipotexto substancial na ficção camiliana, permitirá elucidar esta narrativa particular no seu viés teodiceico, nomeadamente a partir da crítica que Kant faz à teodiceia doutrinal.

DOI: https://doi.org/10.21747/2182‑1097/cem15a4

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Publicado

06-03-2023

Edição

Secção

Dossier Temático