Construir a responsabilidade enunciativa no discurso jornalístico

Autores

  • Maria Aldina Marques Universidade do Minho (UMinho); Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho (CEHUM)

Resumo

Saber ler um texto jornalístico impõe considerar o que é dito mas também o modo como é dito. A construção da responsabilidade enunciativa, pelo locutor, merece reflexão. Na perspetiva da análise dos discursos, a responsabilidade enunciativa tem tido abordagens parciais e dispersas, mas na última década há já a registar um interesse crescente por esta questão. Partindo da convocação desses estudos, analisa-se a construção da responsabilidade enunciativa num corpus de notícias publicadas em jornais portugueses. O postulado de base é que não há discurso sem locutor. Daí deriva um tipo de responsabilidade, a responsabilidade1 que engloba ainda um outro, a responsabilidade2, decorrente nomeadamente dos modos como o locutor convoca outras vozes e lhes lugar no discurso. Diferentes mecanismos linguísticos e discursivos mostram, de modos e em graus diversos, a responsabilidade do locutor. Mostra-se ainda como a responsabilidade enunciativa deve ser relacionada com outras vertentes da construção discursiva, com constrições de género e mesmo constrições institucionais que derivam do facto de um jornal ser um lugar institucional de discursos.

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Publicado

01-12-2013

Como Citar

Marques, M. A. (2013). Construir a responsabilidade enunciativa no discurso jornalístico. Redis: Revista De Estudos Do Discurso, (2), 139–166. Obtido de https://ojstest.xyz/ojsletras/index.php/re/article/view/3590

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