Resumo
Em que sentido um discurso sobre a ecologia pode configurar uma poética relacionada com a natureza? Qual o estatuto de uma poética para a qual a natureza parece abrir mão de sua função simbólica para apresentar-se tão imediatamente vizinha da ciência, da política, da filosofia? A obra recente do poeta e crítico francês Michel Deguy não apenas oferece algumas propostas interessantes em relação a esse tema como ajuda a entender sua importância para o debate contemporâneo, colocando em jogo uma ideia bastante ousada da tarefa do poeta como voz ativa nas discussões sobre o destino do homem.