Resumo
Nos u?ltimos cinquenta anos, a poesia portuguesa desenvolveu diferentes formas de resistência, reagindo na?o apenas a circunstâncias poli?ticas, sociais e culturais muito diversificadas, mas tambe?m a um processo gradual de desvalorizac?a?o do seu lugar e do seu papel no mundo contemporâneo. Este estudo pretende determinar e descrever diferentes modelos de resiste?ncia na (e da) poesia, tendo por referência algumas das poe?ticas que mais marcaram o panorama da poesia portuguesa, dos anos 60 ate? aos nossos dias. Obras de autores ta?o diferentes entre si como o sa?o as de Carlos de Oliveira, Luiza Neto Jorge, Herberto Helder, Anto?nio Franco Alexandre, Joa?o Miguel Fernandes Jorge, Adi?lia Lopes, Ana Lui?sa Amaral, Manuel de Freitas ou Jose? Miguel Silva têm em comum a atribuic?a?o a? poesia de uma func?a?o de resistência. O que une estes autores? E o que os separa? A resposta a estas questo?es devera? permitir apurar uma noc?a?o de resistência na poesia e tambe?m a sua articulac?a?o com a noc?a?o de resistência da poesia.