
Este estudo procura desenvolver uma leitura relacional entre as crónicas enviadas de Londres por Maria Velho da Costa, reunidas em O Mapa Cor de Rosa, e aqueloutras enviadas também da capital inglesa, um século antes, por Eça de Queiroz. Além de evidenciar topoi comuns e efeitos de contraste entre esses textos não só distantes no tempo, como resultantes de uma deslocação simultaneamente
física e literária, é ainda propósito nuclear desta análise contribuir para a caracterização do quadro enunciativo do “escritor deslocado” ou “em passagem
de estar”, por aproximação e diferença do “escritor viajante” e do “escritor exilado”.