
Em Veredas (1977), de João César Monteiro, coexistem vários textos: a “História da Branca-Flor”, o excerto de uma peça de Euménides, de Ésquilo, e textos de Maria Velho da Costa. Este filme, com certa propensão para o registo documental, por conta do trabalho de montagem imagética, textual e sonora, aparece como objecto multifacetado e polifónico. A nosso ver, tais características são reforçadas com a introdução dos textos de Maria Velho da Costa. É, pois, nosso propósito analisar os oito excertos da autora presentes no filme e estudar o seu papel e efeitos no seio da obra de João César Monteiro.