
O presente ensaio faz parte de uma pesquisa sobre narrativas — formas de contar, de dançar, de filmar, de escrever — que se articula a partir de três intuições: os corpos precisam se movimentar, dançar e ocupar espaço; ver alguém dançando contagia; o cinema é uma forma narrativa privilegiada de apresentação dos corpos dançantes e um espaço de contato e ressonância no tocante ao espectador, em diálogo com o pensamento sobre corpo, cinema e escrita do filósofo francês Jean-Luc Nancy. Aqui trata-se de olhar e escutar uma cena do filme Cría Cuervos (1976) do espanhol Carlos Saura.