
O ensaio de Mário de Sá-Carneiro “O teatro-arte” (1913) e o livro de Antonin Artaud Le Théâtre et son Double (1938) têm em comum o facto de anunciarem um teatro que ainda não existia e que, de algum modo, nunca poderá existir: através de uma sublimação metafísica ou da crueldade do corpo atacado pela peste, os dois autores pretendem criar um ritual sagrado. Como se realiza essa transmutação do jogo cénico, e a que custo?