
É inegável que o nome de Maria Teresa Horta alcançou visibilidade internacional, sobretudo, após a publicação de Novas cartas portuguesas, em 1972, gesto ousado que custou às três co-autoras perseguições, prisões, enfrentamentos de várias ordens. No texto, abordo os livros de poemas da autora que antecedem a publicação dessa obra coletiva, a fim de tentar evidenciar o quanto o atrevimento, que é uma de suas marcas mais evidentes, já estava presente nos poemas de Maria Teresa Horta desde a publicação de Espelho inicial, de 1960, até Minha senhora de mim, publicado em 1971, volume que antecede – e a meu ver desencadeia – a criação das Novas cartas portuguesas.