Publicada em 1979, a obra Corpo Verde é formada por 23 versos de Maria Velho da Costa e 8 desenhos de Júlio Pomar. Neste ensaio, observo de que forma verbo e imagem combinam-se a fim de criar um único objeto estético, dedicado ao tema da experiência sexual. A análise destaca como os dois artistas subvertem pressupostos hierárquicos relacionados a dicotomias como masculino/feminino e atividade/passividade, bem como material/espiritual, visto o forte diálogo que realizam com o livro bíblico O Cântico dos Cânticos. Além disso, aborda-se a problemática do chamado olhar masculino, conforme desenvolvida pelo campo de estudos da intermedialidade.