PRÁTICAS ANTI-DISCRIMINATÓRIAS EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA
ARQUIVOS INESPERADOS PARA AGITAR LUGARES SOSSEGADOS
Resumo
Este texto parte de um grupo de pessoas interessadas em trabalhar práticas anti discriminatórias em contextos educativos. Observar este campo permite-nos identificar o trabalho ainda residual no que diz respeito às colonialidades da educação e da educação artística e à sua persistência no presente. No grupo estão presentes pessoas que estão na academia e pessoas que estão fora da academia; pessoas que estão ligadas ao activismo e pessoas que estão fora do activismo. Desde logo, isto abre tensões na escrita de um texto cuja publicação obedece às estruturas de legitimação de um saber académico. Não temos este problema resolvido, mas temos um horizonte comum de analisar e propor práticas que actuem neste campo antidiscriminatório. Considerando este primeiro texto como parte desse processo, sobretudo em torno de um trabalho necessário de aprendizagem e de ação sobre a branquitude em que nos constituímos, assumimos uma escrita a múltiplas mãos. Começamos por nos situar individualmente a partir das lentes da Literacia Crítica da Diversidade para, de seguida, apresentarmos o trabalho que o grupo começou a desenvolver na construção de arquivos que nos permitam confrontar a arte e a educação com as dimensões do projeto colonial Europeu, e, especificamente, português. Procuramos constituir arquivos de materiais que possam ser submetidos a estas lentes críticas e transformados em ações de aprendizagem. Esses arquivos são expostos e pensados em conjunto. Focamos em quatro ações: numa biblioteca escolar, num museu, na literatura médica sobre pessoas trans, e nos jardins da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Como trabalhar estes arquivos em contextos educativos, e a partir da centralidade de práticas vinculadas com a necessidade urgente de histórias reparativas e restitutivas?
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