The Esse Similitudinale of Species in Roger Bacon’s Liber de sensu et sensato

Authors

  • Joana Matos Gomes Università degli Studi di Torino

Abstract

A teoria da perceção de Roger Bacon, fundamentada na sua conceção original das species e da sua multiplicação e receção, foi sempre objeto de uma considerável atenção da parte dos estudiosos. Contudo, os estudos contemporâneos focaram-se tradicionalmente nos textos de maturidade de Bacon. Nestas obras, especialmente em De multiplicatione specierum, Bacon advoga uma posição “materialista” forte no que diz respeito ao tipo de ser que as species têm no medium e nos sentidos. Neste artigo, mostro que uma conceção alternativa da ontologia das species é apresentada por Bacon no seu comentário ao De sensu et sensato de Aristóteles. Está obra está situada numa conjuntura crítica no percurso intelectual de Bacon, posto que é o último dos seus comentários aristotélicos e ao mesmo tempo precede todos os seus trabalhos de maturidade. Como argumentarei neste artigo, nestas obras, Bacon atribui às species um esse similitudinale, o qual ele explicitamente define como a composição entre esse materiale e esse formale. Resulta disto que Bacon nem sempre considerou que as species são meramente compostas por esse materiale. Finalizo sugerindo que este achado pode ter algumas implicações na interpretação da ontologia das espécies madura tal como ela é detalhada no De multiplicatione specierum.

Palavras-chave: Roger Bacon; Liber de sensu et sensato; species; perceção; esse similitudinale.

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Published

2022-12-20

Issue

Section

Estudos/Studies