“O ambiente para o fascismo existe no nosso país”: os comunistas e o ascenso da ditadura em Portugal, 1921-1927
Resumo
Resumo: Este artigo debruça-se sobre a interpretação do Partido Comunista Português (PCP) da crise da Primeira República e o ascenso do fascismo e da ditadura em 1921-1927. Os comunistas previram o colapso da democracia, abalada pela crise do pós-guerra. As direitas tentariam utilizar o exército para impor um regime autoritário, que colocasse todo o peso da crise nas costas dos trabalhadores. O PCP, porém, hesitou em chamar esta contrarrevolução de fascista, devido à sua estreita base social e à escassa mobilização da pequena burguesia. Este estudo põe em causa a visão generalizada na historiografia sobre as “confusões” e a “imaturidade” do PCP, que foi capaz de desenvolver uma análise bastante sofisticada da realidade portuguesa. Ao mesmo tempo, o artigo intervém nos debates sobre a autonomia dos partidos nacionais perante Moscovo na Internacional Comunista.
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