CECCARELLI, Giovanni, Risky Markets. Marine Insurance in Renaissance Florence (2021), Leiden, Brill. ISBN 978-90-04-39912-9, xvi+363 pp.
Resumo
De que forma é que mercadores e negociantes transformaram a incerteza num risco calculado, dando origem a um vibrante mercado de seguros marítimos na Florença renascentista? Esta é uma das questões centrais que Giovanni Ceccarelli explora no seu livro Risky Markets. Marine Insurance in Renaissance Florence, que foi publicado na sua tradução inglesa pela Brill, em 2021 (a versão original, em italiano, é de 2012). Uma das suas principais conclusões é que a estrutura organizativa do mercado de seguros florentino emergiu pela iniciativa privada de um pequeno grupo de indivíduos que, com base nas suas relações de confiança e códigos de conduta comuns, garantiu o funcionamento de um sistema de proteção da atividade mercantil, que se manteve fora de enquadramentos institucionais. Ceccarelli argumenta que existiu uma “intervenção normativa mínima” no mercado florentino, por ser assente em relações diretas entre segurador e subscritor, oposta aos contratos celebrados perante um notário, que requeriam uma “intervenção normativa significativa”. Embora inserido no grande esquema da New Institutional Economics, este livro desafia os debates em curso ao identificar o que poderá ser uma “evidente contradição entre os académicos que insistem na ligação entre instituições e funcionamento de mercado”. Sugere, então, que até ao início da época moderna é “inapropriado” considerar-se “a lei” como o único mecanismo através do qual as instituições regulavam a economia (p. 15).
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