Resumo
Este artigo tenciona observar o processo de lentidão verbo-visual na escrita do poeta e crítico português Manuel Gusmão. Nesse sentido, analisar-se-á a alteração do ritmo de suas imagens configurada através de repetições, de procedimentos fílmicos de efeitos mais lentos, de versos lírico-narrativos que inscrevem uma memória afetiva, constroem uma ética do olhar, uma frenagem rítmica, e desenvolvem uma reflexão em torno dos deslocamentos, da aceleração, do excesso e da anestesia de nosso tempo.