Resumo
O presente artigo pretende pensar modos performáticos de leitura dos diários Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada de Carolina Maria de Jesus e Hospício é Deus: Diário I de Maura Lopes Cançado. Escritos no início dos anos 1960, esses diários entretém uma relação heterotópica com a literatura, suspendendo distinções previamente estabelecidas entre escrita e vida. É nesse sentido que se torna possível entrever sua dimensão performática, exigindo uma leitura que também se coloque em risco diante dessa suspensão, em seu caráter permeado de incertezas e vulnerabilidades.