Resumo
Partindo da definição de Barbara Smith da poesia como uma enunciação fictícia, historicamente indeterminada, pretende-se pensar o que (não-)acontece quando se performa aqui-e-agora essa enunciação. Nesse sentido, trata-se de esboçar uma ontologia, não do objeto literário, mas da experiência literária, ou seja, focando no encontro entre o a-histórico fictício e o presente histórico: o que esse contato faz, o que esse toque produz, que experiência, para onde (que tempo e que lugar) ela não cessa de nos enviar, e de onde vem esse envio?