
Este artigo pretende propor um breve debate sobre os estudos das chamadas literaturas regionais, confrontando as concepções que sustentam tal classificação e questionando-as a partir dos novos paradigmas conceituais que se estabelecem em função do fenômeno da globalização. Para tanto, partimos de especificidades relativas à Literatura de Roraima, estado da Amazônia brasileira, que se localiza no extremo norte do país, possui uma tríplice fronteira, duas delas internacionais, e população culturalmente diversificada. A princípio, confrontamos os pontos de vista de Afrânio Coutinho e Lígia Chiappini articulados com as reflexões contemporâneas acerca da problemática identitária e suas possíveis aplicações na leitura de textos roraimenses. Observamos que, sem descartar o Regionalismo como abordagem circunstancial, existir formas diferentes e alternativas de abordagem dessas literaturas.