António Lobo Antunes refere com frequência a sua admiração em relação a vários autores hispano-americanos, entre eles Julio Cortázar. “Cortázar por vezes tem uma prosa extraordinária”, declarava em 2002. Neste artigo esboçamos uma leitura comparada de alguns textos de Cortázar e Lobo Antunes, procurando reflectir nomeadamente o papel da música, em particular do jazz e do tango, nas obras de ambos.