
Este ensaio propõe uma leitura do romance Irene ou o contrato social (2000), de Maria Velho da Costa, à luz da temática da violência, atribuindo-lhe um papel estruturante no desenvolvimento do próprio enredo. Assim, procuro compreender as estratégias narrativas empregadas para representar as diferentes formas de violência exercidas por suas personagens. Convocando ocasionalmente outras de suas obras, busco também demonstrar como a autora nem sempre representa a violência por uma perspectiva negativa, conferindo-lhe muitas vezes um estatuto ambivalente.