
A relação entre literatura e cinema, no modo como desafia o pensamento e as fronteiras artísticas, possibilita formas de citação que pertencem ou quase definem um processo criativo. Citar é reposicionar, ler, recitar – repetir transformando, numa experiência fatalmente impura. Partindo de Paterson, de Jim Jarmusch, do ritmo da poesia de William Carlos Williams e baseando a sua leitura na Desconstrução de Jacques Derrida, este artigo retoma a relação entre cinema e literatura a partir do problema da citação como “arte impura”.