
Defende-se a existência na poesia de Lêdo Ivo de uma estética do feio que parece colocar-nos em confronto connosco próprios e com a humanidade do Outro. Nesta poesia que se constrói como uma forma de ver, as imagens que o poeta coleciona celebram frequentemente o pequeno, o disforme, o que está à margem. A importância do feio como categoria estética que admite a passagem do tempo é essencial num elogio poético que privilegia o efémero em lugar do eterno.