Saltar para menu de navegação principal Saltar para conteúdo principal Saltar para rodapé do site

II

N.º 32 (2015): Centenários na América Latina

"Final del Juego": Jogos e Evasões na Narrativa de Julio Cortázar

  • Geice Peres Nunes
Enviado
March 28, 2016
Publicado
2015-06-28

Resumo

Em Final del Juego, Julio Cortázar desestabiliza seu leitor. As narrativas primam por temas prosaicos, traços lúdicos, enredos que beiram ao trivial, porém, protagonizados por personagens de complexa psicologia. Apesar do predomínio de cenas cotidianas, as descobertas não ocorrem sem um toque de recriação afeita ao gênero fantástico. Em momentos de certo modo epifânicos, junto ao despontar de uma consciência dissociada, as personagens são conduzidas a um desfecho imutável, metaforicamente, o final do jogo. É com base nessa constatação que, ao analisarmos “No se culpe a nadie”, buscamos interpretar o sério jogo proposto pelo autor. Se para a personagem, um sujeito paralisado no ato de vestir um pulôver, há o anseio latente de evasão diante do desconforto propiciado por um coletivo que estabelece as normas; para nós leitores, é lançado o desafio de encontrarmos sentido e de ressignificarmos o evento narrado.