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Artigos

N.º 28 (2013): Modernismos Revisitados | 1912-2012

Fragmento e Ruína: Retratos Modernos

  • Eunice Ribeiro
Enviado
February 11, 2015
Publicado
2013-06-29

Resumo

A profunda crise identitária que caraterizou, negativamente, a modernidade literária e artística em finais do século XIX e inícios do último século, refletiu-se numa certa “insolvência” representativa e auto-representativa produtora de imagens insistentes de fragmentação e de “simulacros ruinosos” de identidade – reutilizando a formulação derrideana – em que o tópico do corpo desmantelado por um lado, e os motivos da máscara e do disfarce ou a figura do clown, por outro, adquirem particular ressonância estético-simbólica. É nosso propósito evocar, detendo-nos em especial no panorama artístico nacional na viragem de século, com ênfase para os autorretratos de Aurélia de Souza, um novo paradigma de representação da imagem do homem particularmente eloquente na confeção geracional daquela que Eduardo Lourenço haveria de apelidar “suicidária modernidade”.