
Este artigo debruça-se sobre as viagens filosóficas, quer as reais, quer as imaginárias e retóricas. sublinhando as suas implicações filosóficas e concentrando-se em alguns filósofos do século XVII. Tratamos aqui especificamente de Descartes, Hobbes e Cyrano de Bergerac. Esta seleção é em parte arbitrária: sem dúvida, outros filósofos poderiam ser chamados à colação para demonstrarmos, na época, a importância das viagens na literatura filosófica. Mas estes autores concedem ao movimento e às viagens um papel particularmente determinante, não só enquanto experiência biográfica e estratégia retórica, como também enquanto tema filosófico.