
Este artigo propõe uma panorâmica de três deslocações físicas e literárias a Portugal por parte de três escritores belgas, A. t’Serstevens, C. Detrez e J.-Cl. Pirotte, em três momentos diferentes da República: o Estado Novo,
a Revolução dos Cravos e a integração europeia, assim com seus olhares respectivos sobre as realidades portuguesas encontradas. Desde logo, três perspectivas emergem respectivamente dos textos analisados à guisa
de deslocações criativas atentas: o elogio da ditadura salazarista, o êxtase revolucionário e o cepticismo face ao futuro.